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Em busca do equilíbrio

  • Foto do escritor: christiana araripe
    christiana araripe
  • 21 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura


Nos dias atuais, cada vez mais valoriza-se a importância da saúde mental em nosso dia a dia, seja no contexto familiar, no ambiente escolar ou profissional. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, “saúde mental” pode ser definida como o bem-estar em ótimos níveis, assim como a capacidade de interpretar o meio que estamos inseridos e manter um bom funcionamento psicossocial.

 

Na infância, 75% dos transtornos mentais apresentam o seu início nessa fase da vida, já metade desses transtornos ocorre até os 14 anos de idade.

 




Louise Mattos, renomada psicóloga carioca, é especialista em TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL (TCC) aplicada à infância e adolescência. Segundo sua sólida experiência com o público infanto-juvenil, o que mais se apresenta em seu consultório são demandas relativas a ansiedade, humor, sexualidade, transtornos do neuro desenvolvimento e comportamentos disruptivos. “Provavelmente isso se dá a partir de questões genéticas, contextuais, tecnológicas e financeiras. Ainda hoje, há também, resquícios e consequências deixados pela pandemia de COVID-19, o que facilita a configuração de tais transtornos como TAG, TAS, fobias específicas, TDAH, TOD, TEA e transtornos de humor. Percebo em clínica, ao se falar de público infanto-juvenil, famílias amplamente adoecidas demonstrando um contexto familiar disfuncional, o que demonstra um contexto a ser trabalhado também em terapia”, diz a profissional que atende na zona sul do Rio.

 


A psicóloga Louise Mattos



Louise, que ingressou na faculdade de psicologia, inicialmente como uma mera experiência, se apaixonou pelo ofício. “Com o tempo fui me engajando mais e mais no curso, me tornando monitora de neurociências e ingressando em diferentes estágios profissionais. Acabava por, preferencialmente, trabalhar com teorias baseadas em evidência científica. Em 2016, pode-se dizer que tive meu primeiro divisor de águas, quando conquistei uma vaga de estágio em uma escola bilíngue com amplo conhecimento em educação inclusiva. Foi ali que não só tive contato com o universo infantil, mas também transtornos do neurodesenvolvimento. Embora houve-se a possibilidade de efetivação ao final do estágio, optei por procurar um contato com mais afinco em Saúde Mental. Fiz estágio no IPUB-UFRJ com o público distinto em sua realidade socioeconômica e com transtornos mentais mais severos”, conta.

 




O que é a Terapia Cognitivo Comportamental?


A Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC é uma abordagem da psicoterapia baseada na combinação de conceitos do Behaviorismo radical com teorias cognitivas. A TCC entende a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si. Ou seja, é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa.

A Terapia Cognitiva foi fundada no início dos anos 60 por Aaron Beck, Neurologista e Psiquiatra norte-americano. Beck propôs, inicialmente, um “modelo cognitivo da depressão” e que, posteriormente, evoluiu para a compreensão e tratamento de outros transtornos.

Essa abordagem é bastante específica, clara e direta. É utilizada para tratar diversos transtornos mentais de forma eficiente. Seu objetivo principal é identificar padrões de comportamento, pensamento, crenças e hábitos que estão na origem dos problemas, indicando, a partir disso, técnicas para alterar essas percepções de forma positiva. A TCC se destina tanto ao tratamento dos diferentes transtornos psicológicos e emocionais como a depressão, ansiedade, transtornos psicossomáticos, transtornos alimentares, fobias, traumas, dependência química, entre outros.

 

Em crianças e jovens, a TCC ajuda a elaborar o turbilhão de sentimentos diante de estímulos familiares, escolares e mesmo midiáticos.

 

Essa habilidade, quando trabalhada em conjunto com estratégias de comunicação, colabora para a construção de relações interpessoais mais saudáveis ao longo da vida.

 “É fundamental o engajamento amplo de diferentes interfaces quando se fala de saúde mental. Pode-se dizer que o investimento em saúde deve visar aspectos de bem-estar na família, na saúde física, na escola e quaisquer outros contextos em que o indivíduo está inserido”, diz Louise.

 



 

“Hoje a psicoterapia é essencial para a manutenção da saúde mental. Ela tem um caráter tanto preventivo quanto de intervenção, promovendo uma melhora funcional na qualidade de vida do indivíduo, e de todos a sua volta, de uma maneira sustentável”, finaliza a psicóloga.

 


*TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada

  TAS – Transtorno de Ansiedade Social

  TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

  TOD – Transtorno de Oposição Desafiante

  TEA – Transtorno do Espectro Autista

 


Contatos:

Cel: (21) 99948-9877 (Whatsapp)

 

 


















 
 
 

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